Valongo é o 20.º concelho mais jovem do país e o segundo mais jovem do Grande Porto, mas, a partir desta segunda-feira, a urgência do Hospital de Valongo apenas atende utentes maiores de 18 anos.
Esta medida injustificável é coerente com o que tem sido a política de esvaziamento de serviços daquela unidade pública de saúde, em claro benefício dos hospitais privados que crescem como cogumelos no concelho.
O actual presidente da Câmara e candidato a novo mandato, por falta de vontade ou por escasso peso político, nada tem feito para impedir o desmantelamento do hospital público. Esta é a realidade, mesmo que, no seu habitual estilo fanfarrão, surja em público, com frequência, a dizer que impediu o fecho deste ou daquele serviço hospitalar.
A verdade é que já fecharam os serviços de Análises Clinicas, de Medicina e Cirurgia e que a radiologia encerra às 24h00. O número de médicos e de enfermeiros diminuiu no serviço de urgência e agora a urgência deixou de atender crianças e jovens.
Um concelho que é jovem na sua composição social só será um concelho vivo se tiver um poder municipal que se afaste dos partidos da troika, aqueles que não se importam, antes pelo contrário, de transformar a saúde, que é um bem essencial, num apetitoso negócio para os grupos económicos que, nesta área, já se instalaram no concelho.
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